sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Dia 6765 de viagem, na extremidade de Lisboa.

Dia 6765 de viagem, na extremidade de Lisboa.

Por vezes as palavras não saem, e perdem parte do significado, escrevemos mas o que não queremos escrever, com as mesmas palavras do costume, mas todo o seu significado alterou-se. E ficamos num dicionário confuso, sem sabermos o que é a palavra, nem sequer aquela que dizemos todos os dias é igual… escreve-se da mesma maneira, lê-se da mesma forma, mas o seu significado difere completamente. Será que amor significa agora ódio? Ou o ódio é que significa amor? E com as últimas duas frases deixei de saber qual é ódio, qual é amor…

Perdi-me.

Encontrei-me?

Fiquei encalhada em pensamentos confusos… 

Gosto da palavras, mesmo já sem saber o que querem elas dizer… Se calhar é isso, as palavras querem falar! Em vez de sermos sempre nós a falar com elas, talvez agora elas queiram falar connosco… Se calhar, o ódio fartou-se de ser ódio e agora quer ser amor, ou mar, ou folhas, ou uma máquina de lavar loiça! Se calhar hoje começou a revolta das palavras!


Tratem bem das palavras, marinheiros! Estejam atentos porque as palavras são mais fortes do que possam pensar!

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