sábado, 3 de janeiro de 2015

Dia 6802 de viagem, na dormência de quem sou

Dia 6802 de viagem, na dormência de quem sou

Devo pedir desculpas a todos os marinheiros, porque nem no Natal fui capaz de vos desejar um Feliz Natal como seria correcto, pelo menos eticamente. Por vezes é divicil vir e escrever, mesmo sem tema, escrever pela simplicidade de escrever, por vexes é divicil nesta vida apresada, ter tempo para escrever aquilo que a minha cabeça pensa todo o dia mesmo quando não devia. E por isso escrevo a estas horas, e não a horas habituais, ainda mal o dia começou e já estou eu a escrever supostamente sobre ele. Mas, hoje, o que eu escrevo não é apenas sobre o hoje é sobre uma espécie de nevoeiro estranho que sinto no barco. 
Sinto como se agora tivesse duas vidas em mim, estou num lugar e tenho saudades do outro, estando no outro tenho saudades do primeiro, Parece que mudo de barco enquanto viajo, uso barcos diferentes na travessia, a decoração é igual nos dois, mais a vida parece outra. E se penso no outro barco, entro como que numa dormência e um nevoeiro, feito de partículas estranhas com um cheiro indecifrável esvoaçasses em meu redor, e as unidas coisas que se lê por entre as confusos do lugar são: Quem sou eu? Onde estou? O que faço aqui?… Pergunto-m infinitamente quem eu sou realmente se uma das duas que sinto, se outra qualquer, parece haver um muro invisível que mesmo sem eu notar atravesso durante uma dormência de 3 ou 4 horas de viagem, e se vai repetindo como replicas de um sismo aleatoriamente.
Eu não consigo ser uma, como conseguirei ser duas? O ar que respiro é cada vez menos e o pensamento cada vez tem menos liberdade.

Prometo que mais tarde desenvolvo este tema mais profundamente, mas por enquanto Desejo apenas um bom dia marinheiros!

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