quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia 6909 de viagem, praias indefinidas, ou será mares indefinidos, já nem sei.

Dia 6909 de viagem, praias indefinidas, ou será mares indefinidos, já nem sei.

Boa noite Marinheiros,

Acho que estou meia perdida entre quem fui, quem sou, quem serei e aquilo que quero ser. E sendo todas elas tão diferentes são tão indefinidas, porque elas são eu, mas não são aquilo que eu sou. Na verdade, elas sendo eu são aquilo que eu não sou.

Quanto mais me procuro mais me perco e quando me tento definir aprendo o significado de impossível. Sou o inexistente que existe e passo o tempo a explicar o inexplicável.

Continuação de boas viagens.
Da vossa marinheira,

alguém (ou talvez não)

domingo, 19 de abril de 2015

Dia 6907 de viagem, num lugar vazio, em lugar nenhum.

Dia 6907 de viagem, num lugar vazio, em lugar nenhum.

Há dias que parecem eternos e infinitos, que numa mais acabam, mas na verdade são vazios. Completamente vazios, sem nada que os torne especiais. Nem normais sequer se conseguem tornar. A viagem parece suspensa, e não há sequer forças para remar. fico imóvel, olhando em redor, tentando perceber o porquê das coisas. O porquê do barulho do mar, o porquê do meu estancamento. Estou flutuando no mar, e não há correntes, sinto-me nostálgica mesmo sem qualquer tipo de nuvem no céu. Não há sequer vento batendo nas velas, estou apenas parada, num dia que não passa. Sinto-me sem motivos, sem existência, não sou nem estou em lado nenhum. Estou surda, e apenas vejo o silêncio do mar na sua imensidão. O mar está deserto não há nada para além de mim no meu horizonte. Não há nada, nem praias, nem rochas, nem ondas, nem barcos, nem vento, talvez nem eu haja.
Sinto o dia vazio, sinto-me vazia…


Hoje escrevo aqui, um dia escreverei na areia, para que o mar leve as minhas palavras para o lugar onde eu nunca fui….

terça-feira, 14 de abril de 2015

Dia 6902 de viagem, Lisboa suponho.

Dia 6902 de viagem, Lisboa suponho.

Desculpem marinheiros por fazer tanto tempo que não escrevo.

Por vezes o acto de escrever é imediato. Mal algo acontece há em nós uma necessidade de o transmitir por palavras escritas em papel ou num qualquer ecrã. Outras vezes é necessário dar um tempo, respirar. Deixar que tudo se interiorize, para poder escrever ou talvez não. Talvez não queira escrever queira apenas ter vivido.


Na verdade dias estranhos, sem vontade de os comentar.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Dia qualquer coisa de viagem, qualquer lugar.

Dia qualquer coisa de viagem, qualquer lugar.
Há dias em que simplesmente parece que não existo, será que esses dias deverão contar para os dias de viagem?