quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Dia 7034 de viagem, terras turcas...

Luzes cintilavam pelos meus cabelos
Sem que o olhar se pudesse distinguir
Reflectia-se no sorriso infantil,
Que com uma espingarda na mão
Rebentava um a um cada balão
Cujos restos mortais o Bósforo levava.
Como outro inocente corpo corrida
Para os braços de uma provável mãe
Que mais do que olhos de erva eu não vi,
Emoldurados em todos aqueles padrões.
Pelas ruas que vagueava
Como turcos gatos
Perdidos, mas sem medo,
Como se o mundo lhes pertencesse.
Revia-me no olhar da mulher
Que subindo um escadote de madeira,
Por entre as ruínas se acolhia
Aquilo a que chamava casa.

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