Dia 7180 de viagem, por entre o vento,
Por entre o vento que se transporta nas ruas de Lisboa. O meu cabelo infindo esvoaça, tapa-me a cara, mas já não me importo. O cheiro da peça de teatro de onde sai, o cheiro a podre, vinagre podre, continua no meu nariz e é cuspido pela boca sem que me mexa. O vento permanece enrolando os meus cabelos, a minha cara é irreconhecível agora. I start to think in english, e volto a pensar em português. Já nem sei bem qual é a minha Língua, se calhar nenhuma delas. Não é nenhuma delas. O meu respirar é ofegante. O miradouro cheio de vento, parece estar em vaco. ou sou eu que assim estou. Não tenho ar, apresso o passo para voltar a casa, subo rapidamente as escadas. Bato as portas. O vento permanece à minha volta. Eu sem ar. Sem identidade. Se alguém estivesse aqui para me olhar, já não saberia qual é a frente da minha cabeça. O cabelo continua a entrelaçar-se. Caio na cama. O cheiro permanece. E a identidade é irrecuperável. O coração está acelerado. I can’t bref. English again? Jupakito Felinty Catropofeck Que estou eu a dizer? Dizer não pensar! Que estou eu a pensar? Que Língua é esta. Estranha… Talvez não assim tão estranha. Deve ser a minha… Aquela que é minha… Ninguém parece compreender. Mas ela explode dentro de mim e faz todo o sentido em cada palavra que profiro. Ela diz tudo o que penso e sinto. Acho que nunca nenhuma outra Língua o conseguiu fazer. Nela sou eu, incompreendida, como sempre fui… crotinhole profintio magtifictraris magnom croft quem sou? triscrafs froidest menhotelp waresftg craftyz lodubivert dravintzk merf…