Dia 6867 de viagem, entra as aguas e a terra.
Há muito que não escrevia nada, e hoje saiu isto, e partilho de forma completamente crua, tal e qual como a conheci.
Encontro-me entre a água e a terra.
Uma musica ressoa em meu redor,
Sem letra (mas não precisa dela)
Uma guitarra solitária, que
ecoa com as ondas de um rio
aspirante a ser mar. Ou
talvez oceano, quem sabe.
As palavras desvanecem-se
por entre o dedilhado da guitarra
E eu procuro a força, a garra.
Procuro aquilo que posso dar ao
mundo. Procuro-me.
Os reflexos de luz ensurdecem o ar
Mas a musica permanece,
é eterna novidade, às vezes.
Mas, por vezes identifico-a!
Todas as pessoas desapareceram.
Talvez ainda esteja aqui o guitarrista.
Mas, não quero olhar para trás.
Cada vez há mais luzes na outra
Margem, os reflexos multiplicam-se
E o meu barco transparente
continua `s minha espera.
Um barco simples, talvez
imaterial para os outros.
Mas é vida para mim
Saudações marinheiros!
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