Dia 6840 de viagem não digo perdida, mas certamente parece.
Existem pessoas especiais que por vezes nem tempo temos de admirar. O tempo voa a nossa frente e não sei que caminho seguir agora. Mas parei 5min e apercebi-me o quanto às vezes sou injusta. Sempre tive a vida dividida em pequenas partes, mas agora essas pequenas partes arrastaram-se para uma metade do dia a dia, e uma outra parte caiu de repente e empurrou as pequenas partes para a tal metade. Dei por mim agora, ao ver que essas duas vidas lutam dentro de mim, como as pequenas partes lutavam mas estas exigem mais tempo, tem mais pessoas incluídas, e me deixam a tremer. Sinto que ao tentar manter as duas, estou a perde-las, principalmente a mais antiga. Sinto-a cada vez mais distante e temo mesmo que me fuja da mão antes de eu conseguir agarra-la. Ela já deve ter caído de mais e eu mal me apercebi. Estou paralisada nada consigo fazer para a agarrar.
Sei que este texto nem sentido tem, e peço desculpa,… Mas imaginem-se no meu lugar: Sentir que estão a perder aquilo que demoraram 18 anos a construir. Para alguns isto deve ser só parvo. 18 anos para alguns não é nada, ou quase nada, mas para mim é uma vida.
Desculpem a confusão, Marinheiros!
Sinto-me sozinha no barco! Apesar de ouvir tantas vozes tantos risos, e até de ver tanta gente, sinto-e simplesmente sozinha… Não sei o que fazer, não há nada que me faça sentir menos sozinha.tudo o que eu faço está errado, o que eu decido, e principalmente as decisões as quais mais me dedico, levam sempre a um mau porto, isto quando o barco não se destrói antes de lá chegar.o combustível do barco já acabou, e agora estou sozinha a remar. Mas as minhas forças já são poucas, preciso de parar e de encontrar as pessoas e não apenas corpos.
Isto de pegar 3 vezes no diário de bordo para escrever dá nisto.
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